Às vezes é preciso desconstruir para construir. É claro que essa frase não é minha, mas é o que eu sinto agora em relação ao processo de montagem.
Desconstruir o texto em primeiro lugar. E este só pode ser reconstruído com a colaboração dos atores. Não acredito em uma dramaturgia imóvel, de gabinete. A dramaturgia tem que estar viva, servir ao espetáculo, ao contrário do que faz costumeiramente por essas bandas, o espetáculo servir a dramaturgia.
O corpo do ator deve estar disponível pra isso e os olhos e ouvidos do encenador também.
É como fazer uma rua de paralelepípedo: primeiro temos quebrar a imensa pedra, moldar os retângulos e depois vem a parte mais difícil, encaixar os blocos irregulares lado à lado, construindo o caminho até onde você quer chegar.
Saulo Ribeiro não reconhecerá mais nossa dramaturgia. Graças a Deus!!
Nieve Matos
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